irmãos praguinha
terça-feira, fevereiro 13, 2007
  ainda há tempo para muito estrago no oriente médio
outro dia saiu nos jornais daqui a notícia de que o exército americano invadiu uma representação diplomática iraniana no iraque e levou informações que estavam em arquivos de computador, ao que parece. mas saiu de maneira discreta, no meio de outra matéria. sequer rendeu chamada de capa ou destaque na escalada do jornal nacional. num país em guerra civil, uma nação do tamanho dos eua comete uma agressão contra um inimigo em potencial do porte do irã, com arsenal nuclear e intensa participação nas confusões iraquianas, e isso não vira manchete. é impressionante a falta de qualidade do noticiário internacional no brasil. se não é destaque nas agências de notícias, na bbc e na cnn, ppff... some.

o negócio está feio naquelas paragens. o iraque está realmente entrando em guerra civil - algo que um correspondente da reuters na região já tinha me dito que aconteceria 3 anos atrás, pelas semelhanças com o caso libanês -, os xiitas aproveitam pra ganhar espaço cada vez mais com ajuda do irã e os eua fazem a guerra retórica de sempre, criando os factóides que vão crescendo, virando verdade e acabam servindo de pretexto para os ataques.

se o irã entrar na parada, pode sobrar pra israel, que não vai deixar barato - veja essa
boa entrevista do ministro de assuntos estratégicos do país (precisa de senha do uol). e o hizbollah também pode se meter. e no iraque pode haver mais e mais ataques contra americanos. até o final do seu mandato, o bush ainda pode gastar muita munição, literalmente. e depois ficar rindo do sucessor democrata, que não vai poder simplesmente parar tudo de uma hora pra outra.

e olha que isso tudo é fichinha perto do que pode acontecer na ásia, quando as vastas terras começarem a ser disputadas para plantações de álcool e outras culturas que rendem combustível limpo. porque o petróleo não vai durar para sempre. e chineses, russos e caucasianos em geral também não gostam que mexam na terra deles.
 
o mais velho vive em brasília, o caçula em são paulo. um é jornalista, o outro acadêmico. um trabalha no governo lula, o outro pro kassab. eles se dão bem, mas geralmente discordam no que se refere a política, fenômeno seriamente agravado pela experiência de lula na presidência. daí a idéia de criar um espaço para promover este debate. histórias curiosas do dia-a-dia e outros temas tb entram, afinal, ninguém merece...

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