irmãos praguinha
domingo, abril 22, 2007
  Governo Lula 2
O segundo governo Lula, após um início moroso (só o tempo para montar a equipe...), dá indicações de que segue uma guinada desenvolvimentista. As indicações de Coutinho para o BNDES, de Mangabeira Unger para a curiosa pasta do "Longo Prazo" e a não-aceitação de indicações de Meirelles para a diretoria do BC sem o crivo do presidente, revelam a disposição de Lula de, neste segundo mandato, após um primeiro de austeridade geral, priorizar as atividades produtivas, especialmente o mercado interno. De qualquer maneira, a própria manutenção de Meirelles à frente do BC dá mostras da força do lobby do mercado financeiro e da falta de disposição ou possibilidade do presidente de mudar radicalmente a direção (nos 2 sentidos) da política econômica (até porque, nesta cultura do pragmatismo, mudar radicalmente assustaria a todos, e o nosso presidente seria certamente chamado de chavista. De qualquer forma, Lula não é afeito a este tipo de mudança, e sim à acomodação).
Ainda nesta questão do novo direcionamento do pensamento econômico, cabe discutir rapidamente a nova "álcool mania". É claro que o próprio setor sucroalcooleiro incorpora tecnologia e, portanto, há certo acréscimo de tecnologia em seu processamento. Além disso, o Brasil pode colher vários frutos de sua liderança neste setor, mas é preciso cuidado com a euforia, pois afinal de contas, não só as condições de quem trabalha neste setor são, muitas vezes, lastimáveis, mas também é duvidoso que este setor seja o vetor de nosso desenvolvimento. Aliás, como muitos já estão apontando, é possível que deixemos de produzir tecnologia moderna para investir nesta nova commodity mundial, de modo que não só não nos desenvolvamos, como também nos desindustrializemos (a famosa doença holandesa). Espero que os condutores de nosso desenvolvimento econômico estejam não só atento a isto como propensos a impedir este processo. Pois se antes reafirmávamos nossa posição com a exportação de matéria-prima apenas, hoje esta é reforçada com a exportação de produtos de tecnologia mais baixa.
 
sábado, abril 14, 2007
  morar na roça às vezes é difícil

vivo muito bem brasília e não penso em voltar pra são paulo no curto prazo, mas tem horas que é foda. principalmente quando se procura apartamento. os corretores daqui são tão ruins que às vezes não sabem nem te informar o valor do condomínio. poderiam ser substituídos por uma criança qq, pois só o que fazem é entregar a chave e reter um documento pra ter certeza de que vc não vai roubá-la. e não trabalham de sábado. e pensar naquelas imobiliárias paulistanas onde você explica as características do imóvel que está procurando e os caras rastreiam pra vc. tem horas que dá saudade de morar num lugar desenvolvido... passa rápido, mas tem.
 
o mais velho vive em brasília, o caçula em são paulo. um é jornalista, o outro acadêmico. um trabalha no governo lula, o outro pro kassab. eles se dão bem, mas geralmente discordam no que se refere a política, fenômeno seriamente agravado pela experiência de lula na presidência. daí a idéia de criar um espaço para promover este debate. histórias curiosas do dia-a-dia e outros temas tb entram, afinal, ninguém merece...

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