irmãos praguinha
domingo, julho 29, 2007
o homer é americano, é brasileiro, é italiano
matt groening diz que homer simpson é "um cara guiado pelos impulsos", que "todo mundo consegue se enxergar nele". o produtor executivo al jean acha que as pessoas gostam dele porque enxergam "o típico norte-americano". com certeza a segunda versão teria mais eco por aqui. discordo: acho que os brasileiros enxergam o típico brasileiro e o mesmo ocorre na maioria dos países (pelo menos) ocidentais. não é só o americano que gosta de passar o dia na frente da tv comendo porcaria, sendo servido pela mulher e, ao mesmo tempo, acatando tudo que ela decide. as aparências enganam em qualquer lugar. e, além disso, quantos de nós sabe como é um típico americano, se muitos não vão lá conhecer?
¶ 12:18 AM 1 comments
matt groening diz que homer simpson é "um cara guiado pelos impulsos", que "todo mundo consegue se enxergar nele". o produtor executivo al jean acha que as pessoas gostam dele porque enxergam "o típico norte-americano". com certeza a segunda versão teria mais eco por aqui. discordo: acho que os brasileiros enxergam o típico brasileiro e o mesmo ocorre na maioria dos países (pelo menos) ocidentais. não é só o americano que gosta de passar o dia na frente da tv comendo porcaria, sendo servido pela mulher e, ao mesmo tempo, acatando tudo que ela decide. as aparências enganam em qualquer lugar. e, além disso, quantos de nós sabe como é um típico americano, se muitos não vão lá conhecer?
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quarta-feira, julho 25, 2007
Os gays e os outros homens que fazem sexo com homens
Morando em Brasília há mais de 2 anos, achei que já tinha visto tudo no que diz respeito a termos politicamente corretos de que um governo do PT é capaz. Aquela cartilha que tentaram lançar no início do governo (e não colou) é só um exemplo. Por aqui as siglas são todas imensas, pois é preciso incluir todos os segmentos da sociedade. Eu mesmo trabalhei num órgão chamado Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
Mas hoje conseguiram me surpreender, com a seguinte notícia: termina no próximo dia 28 o prazo para que vários setores da sociedade contribuam com sugestões ao Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis entre Gays, outros Homens que Fazem Sexo com Homens e Travestis.
Entendo a importância de dar espaço para o maior número possível de cidadãos. Afinal, se o governo do PT não fizer isso, quem vai fazer? Mas pera lá: "gays e outros homens que fazem sexo com homens" é demais. Uma repórter (não do blog, que não estou com essa bola toda, mas da Radiobrás) apurou e me explicou que os "outros homens" são os que gostam "também" de homens. Então por que não "bissexual"? Ou, para ser mais descolado, "homens que gostam de pessoas"? Ou "que gostam de seres humanos"?
Enfim, se alguém quiser contribuir com alguma sugestão (não para a terminologia, mas para o enfrentamento à Aids), os telefones são: (61) 3448-8100 / 3448-8088. ¶ 8:09 PM 6 comments
Mas hoje conseguiram me surpreender, com a seguinte notícia: termina no próximo dia 28 o prazo para que vários setores da sociedade contribuam com sugestões ao Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis entre Gays, outros Homens que Fazem Sexo com Homens e Travestis.
Entendo a importância de dar espaço para o maior número possível de cidadãos. Afinal, se o governo do PT não fizer isso, quem vai fazer? Mas pera lá: "gays e outros homens que fazem sexo com homens" é demais. Uma repórter (não do blog, que não estou com essa bola toda, mas da Radiobrás) apurou e me explicou que os "outros homens" são os que gostam "também" de homens. Então por que não "bissexual"? Ou, para ser mais descolado, "homens que gostam de pessoas"? Ou "que gostam de seres humanos"?
Enfim, se alguém quiser contribuir com alguma sugestão (não para a terminologia, mas para o enfrentamento à Aids), os telefones são: (61) 3448-8100 / 3448-8088. ¶ 8:09 PM 6 comments
quinta-feira, julho 19, 2007
Do tédio
Há alguns meses, li um artigo de Nelson Ascher na Folha de S. Paulo em que ele falava do tédio. Dizia ele que, com o advento da industrialização e o conseqüente aumento do bem-estar e do tempo livre da população em geral (pois antes somente os nobres tinham tempo ocioso), o tédio seria um mal de nossas sociedades modernas. Isto acometeria a todos, desde adultos enfurnados em shoppings nos finais de semana, às crianças, cujas tardes estariam todas preenchidas por atividades que variam do kumon à natação.
Prestando mais atenção ao meu redor, percebi que o autor tinha razão, que as pessoas fazem isso e, inclusive, reclamam disso o tempo todo. É possível ver estudantes sem ter o que fazer nas férias, pais de classe média que não têm outra atividade que não a troca incessante de seus equipamentos eletrônicos, sempre buscando o último modelo da categoria. Segundo o mesmo autor citado, isto leva, entre outras coisas, a loucuras como o recente extermínio praticado por um jovem sul-coreano em uma universidade norte-americana. Isto não deixa de ter seu lado de verdade. Segundo outro autor, Francis Fukuyama, um dos motivos da 1a Guerra Mundial foi o tédio dos jovens, especialmente os jovens alemães, que encontraram na guerra a possibilidade de extravasar suas emoções.
De qualquer forma, este não é um tema menor, de modo que até mesmo sociólogos do trabalho têm dado atenção a ele, como é o caso do italiano Domenico de Masi, para quem, no século XXI, deve-se pensar no ócio criativo, as pessoas teriam que se reeducar para aprender a usar o inevitável tempo livre que surgirá, e ao qual não estamos acostumados, e queiramos ou não admitir, tememos.
Outro aspecto realçado por Ascher é a indústria do entretenimento, corolário do tédio. Hoje em dia, há todo um leque de opções de lazer para todos, desde cassinos à nova onda da indústria cinematográfica, os “kinoplex”. Isto me lembra um professor meu, que pedia que atentássemos para a etimologia de palavras como entretenimento e distração, pois todas remetem à idéia de não prestar atenção ao que se faz, a distrair-se mesmo. E ele dizia que devíamos tomar cuidado com isso, para que não deixássemos de pensar, e passarmos todo o tempo entretidos. Ao lembrar disso, pensei imediatamente em alguns escritos do velho Pascal, aquele mesmo da matemática e do “coração tem razões que a própria razão desconhece”. Ele (lembrando que escrevia no século XVI e tinha forte viés cristão) também ficava puto da vida com a idéia de que as pessoas não pensassem nas coisas realmente relevantes da vida, como o que fazemos aqui na Terra, de onde viemos e para onde vamos.
Segundo ele, nossa alma está de passagem aqui, e ela não quer ter de pensar nessa passagem efêmera pela Terra, daí que surgem, em nossas vidas, a diversão, o passatempo. Estes seriam distrações para que evitássemos a amargura e o sofrimento de sentir, de sentir a si mesmo. Para Pascal, “a alma não acha nada em si que a contente; não vê nada que não aflija quando medita”.uma outra frase do autor parece extremamente atual: “Desde a infância...atormentam-nos com negócios, com a aprendizagem de línguas e das ciências...dão-lhes cargos e negócios que is fazem labutar desde o despontar do dia”. Ele chega ao extremo de dizer que toda infelicidade do homem vem do fato de ele não saber ficar em repouso num quarto. E que se soubesse fazer isso, “não sairia para ir à praia”. Assim, o homem deixaria de pensar para não enfrentar sua condição miserável!
Resumindo, o tédio está aí, à vista para todos. Será que o entretenimento puro e simples será o suficiente para nos livrar dele? E será que isso seria menos dignificante mesmo, como dizem alguns? Bom, perguntas para pensar...o que já dá indícios da minha opinião. ¶ 10:38 PM 9 comments
Prestando mais atenção ao meu redor, percebi que o autor tinha razão, que as pessoas fazem isso e, inclusive, reclamam disso o tempo todo. É possível ver estudantes sem ter o que fazer nas férias, pais de classe média que não têm outra atividade que não a troca incessante de seus equipamentos eletrônicos, sempre buscando o último modelo da categoria. Segundo o mesmo autor citado, isto leva, entre outras coisas, a loucuras como o recente extermínio praticado por um jovem sul-coreano em uma universidade norte-americana. Isto não deixa de ter seu lado de verdade. Segundo outro autor, Francis Fukuyama, um dos motivos da 1a Guerra Mundial foi o tédio dos jovens, especialmente os jovens alemães, que encontraram na guerra a possibilidade de extravasar suas emoções.
De qualquer forma, este não é um tema menor, de modo que até mesmo sociólogos do trabalho têm dado atenção a ele, como é o caso do italiano Domenico de Masi, para quem, no século XXI, deve-se pensar no ócio criativo, as pessoas teriam que se reeducar para aprender a usar o inevitável tempo livre que surgirá, e ao qual não estamos acostumados, e queiramos ou não admitir, tememos.
Outro aspecto realçado por Ascher é a indústria do entretenimento, corolário do tédio. Hoje em dia, há todo um leque de opções de lazer para todos, desde cassinos à nova onda da indústria cinematográfica, os “kinoplex”. Isto me lembra um professor meu, que pedia que atentássemos para a etimologia de palavras como entretenimento e distração, pois todas remetem à idéia de não prestar atenção ao que se faz, a distrair-se mesmo. E ele dizia que devíamos tomar cuidado com isso, para que não deixássemos de pensar, e passarmos todo o tempo entretidos. Ao lembrar disso, pensei imediatamente em alguns escritos do velho Pascal, aquele mesmo da matemática e do “coração tem razões que a própria razão desconhece”. Ele (lembrando que escrevia no século XVI e tinha forte viés cristão) também ficava puto da vida com a idéia de que as pessoas não pensassem nas coisas realmente relevantes da vida, como o que fazemos aqui na Terra, de onde viemos e para onde vamos.
Segundo ele, nossa alma está de passagem aqui, e ela não quer ter de pensar nessa passagem efêmera pela Terra, daí que surgem, em nossas vidas, a diversão, o passatempo. Estes seriam distrações para que evitássemos a amargura e o sofrimento de sentir, de sentir a si mesmo. Para Pascal, “a alma não acha nada em si que a contente; não vê nada que não aflija quando medita”.uma outra frase do autor parece extremamente atual: “Desde a infância...atormentam-nos com negócios, com a aprendizagem de línguas e das ciências...dão-lhes cargos e negócios que is fazem labutar desde o despontar do dia”. Ele chega ao extremo de dizer que toda infelicidade do homem vem do fato de ele não saber ficar em repouso num quarto. E que se soubesse fazer isso, “não sairia para ir à praia”. Assim, o homem deixaria de pensar para não enfrentar sua condição miserável!
Resumindo, o tédio está aí, à vista para todos. Será que o entretenimento puro e simples será o suficiente para nos livrar dele? E será que isso seria menos dignificante mesmo, como dizem alguns? Bom, perguntas para pensar...o que já dá indícios da minha opinião. ¶ 10:38 PM 9 comments
quinta-feira, julho 05, 2007
o fungo, a trissomia e o mico-de-cheiro
fui fazer uma pesquisa no banco de dissertações da biblioteca da unb e olha os três primeiros títulos que apareceram:
- "Análise da expressão gênica de potenciais fatores de virulência do fungo Paracoccidioides brasiliensis submetido a diferentes condições experimentais";
- "Avaliação da força de preensão palmar e composição corporal em portadores da trissomia 21 no Distrito Federal";
- "Avaliação da percepção de cores no mico-de-cheiro (Saimiri ustus) pelo teste pseudoisocromático de HRR"
que fascinante.
¶ 9:35 PM 3 comments
- "Análise da expressão gênica de potenciais fatores de virulência do fungo Paracoccidioides brasiliensis submetido a diferentes condições experimentais";
- "Avaliação da força de preensão palmar e composição corporal em portadores da trissomia 21 no Distrito Federal";
- "Avaliação da percepção de cores no mico-de-cheiro (Saimiri ustus) pelo teste pseudoisocromático de HRR"
que fascinante.
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quarta-feira, julho 04, 2007
o melhor filme de todos os tempos da última semana
e agora temos o melhor filme de todos os tempos da última semana: o hospedeiro. um dos melhores que já vi, e olha que vi bastante coisa. depois falo mais dele, mas enquanto isso vai assistindo que não vai se arrepender (se encontrar, porque estava no cine brasília e parece que já saiu). críticos diriam coisas como "é um dos filmes da nossa geração" e "faz tempo que tudo tem vindo da coréia".
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bill gates infeliz!
o bill gates é mesmo um filho da puta. tente exportar seus contatos do hotmail para algum outro e-mail. simplesmente não dá, eles só deixam importar. no gmail dá pra fazer as duas coisas. ahhhh, mas no hotmail tem um ícone fantástico que permite "encontrar pessoas interessantes". tudo que eu precisava...
¶ 12:56 AM 0 comments
