irmãos praguinha
segunda-feira, agosto 20, 2007
  finalmente, ouviram o outro lado
a entrevista com o larry rohter que o estadão publicou ontem é um importante capítulo da história recente do nosso jornalismo. até então, ele era pra mim, como imagino que para a maioria dos brasileiros, apenas o irresponsável que inventou uma preocupação nacional com as cachaças que o lula toma. agora, ele continua sendo este irresponsável, mas dentro de um contexto bem maior, de uma longa trajetória latino-americana cheia de histórias para contar, de perseguições, de conhecimentos sobre nossa cultura... e de um misto de humor e pedância, quando, por exemplo, diz que sua reportagem contribuiu para que o presidente parasse de beber tanto. além, é claro, da reportagem ter feito o procedimento mais básico do jornalismo, ouvir o outro lado. segue um trecho abaixo, mas recomendo a íntegra. é longa, mas vale a pena.

Já o chamaram de agente da CIA ou espião do governo americano.

Paranóia que acaba por prejudicar o trabalho do correspondente. É um absurdo pensar que eu seja agente da CIA, ou do Departamento de Estado, ou de qualquer outro organismo do governo americano, como afirmaram pessoas como o ex-ministro Luiz Gushiken e frei Betto. Disseram que minha atuação no Brasil obedecia a interesses externos porque o Lula estava na luta contra a fome no mundo, em disputas na OMC, que o País estava se projetando mais, então essa "gente de inteligência" vem para cá acabar com o Lula. Absurdo! Basta pesquisar minhas matérias no Google para descobrir que eu já fazia artigos favoráveis à luta do Brasil contra o protecionismo na OMC, só para citar um exemplo. Claro, fiz matérias contundentes sobre a Amazônia e os militares até se ofenderam. Recentemente, visitei uma aldeia ianomâmi, que fica ao lado de uma base militar, e constatei que soldados mantinham relações com meninas indígenas, inclusive engravidando-as. Fiz a reportagem. E os militares ficaram zangados com a "intromissão".
 
o mais velho vive em brasília, o caçula em são paulo. um é jornalista, o outro acadêmico. um trabalha no governo lula, o outro pro kassab. eles se dão bem, mas geralmente discordam no que se refere a política, fenômeno seriamente agravado pela experiência de lula na presidência. daí a idéia de criar um espaço para promover este debate. histórias curiosas do dia-a-dia e outros temas tb entram, afinal, ninguém merece...

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